sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Banho de cachoeira ...


Estávamos em pleno verão, obviamente! Em Portugal seria impensável um banho destes noutra época do ano, mesmo tento em conta aqueles calores repentinos que por vezes se apoderam de nós e esses, na verdade, não escolhem dia nem hora eheheh

Mas, como dizia, estávamos no verão, em pleno gozo de férias, dispunha-me a fazer mais uma caminhada igual a tantas outras, seguida pela minha cadelita, uma rafeirita rasteira que me segue para todo o lado e não deixa ninguém chegar perto da dona. Não conhecia bem o monte, e até começava a sentir ter-me aventurado demais, ao ter-me aventurado assim no interior daquele matagal desconhecido.

Tinha deixado há muito para trás a estrada de terra batida, e seguia agora abrindo caminho por entre os arbustos que cresciam de forma desordenada entre os enormes pinheiros e eucaliptos, seguindo o piar da passarada e o som de bater de asas de … gaivotas?!? Hummm gaivotas em terra? Estranhei! Não é normal.

Percorri mais uns metros e um ruído, no início imperceptível, depois bem característico e perfeitamente audível, chegou-me aos ouvidos. Após mais alguns passos, vislumbrei a origem de tudo. Um cenário digno de ser classificado de um verdadeiro oásis … ali, bem à minha frente, uma deliciosa e aprazível "mini-cascata" natural!

Fiquei maravilhada! Nunca ouvira falar neste paraíso! Aproximei-me mais, deixando-me atingir por pequenos salpicos, provocando-me múltiplas e ritmicas contracções musculares, como se atingida por pequeninas descargas eléctricas que me percorriam todo o corpo.

O cenário era convidativo e demasiado tentador. Bem no interior do mato, a meio do monte, um pequeno oásis semi-escondido, e eu tinha o privilégio de o ter só para mim naquele momento.

A ideia começou a bailar-me no cérebro. Faço-o? Não faço? E, antes que o meu outro eu ... um Eu sempre atento aos perigos, lúcido, prudente, sensato, sempre a ditar regras, começasse a desenrolar um dos seus infindáveis novelões de prudências, riscos e advertências, iniciei a tarefa de me libertar dos trajes que envergava. Achei por bem não molhar nenhuma peça de vestuário … precisava delas secas depois, e foi um corpo completamente nu que mergulhou naquelas águas límpidas, de espuma branca e toque milagroso, usufruindo em pleno da mais maravilhosa sensação até então experimentada.

Deixei-me ficar assim, deleitada, saboreando, ora em silêncio, quase imóvel, deixando-me engolir por aquele líquido que me massajava até à raíz dos cabelos e me proporcionava uma sensação deliciosa ora, deixando escapar alguns gemidos de prazer, quase orgástico, o que acabaria por despertar na minha companheira de aventura, uma irresistível vontade de me imitar.

Em breve, éramos 2 corpos no mesmo espaço, a desfrutar dum prazer ímpar e sublime.

Nessa tarde, o regresso a casa decorreu em passo lento ... de vez em quando, trocávamos olhares de cumplicidade, e sentíamo-nos ambas mais leves, mais soltas, alegres e felizes. A cada passo, a minha "rasteirinha" olhava-me, parecendo querer dizer:
- Será o nosso segredo.

Hoje, aqui sentada, cachorrita a meu lado, recordo a nossa pequena aventura e, prometo: havemos de voltar àquela cachoeira !!!


10 comentários:

Laura disse...

Uau, cadê a cachoeira? Aqui ou lá nos Brasius?, Xô ... que sorte danada.. Eu até já nem arriscava nada despir-me..ehhhhh, banhas e pernas gordas..ná, para nada, mas a menina fez muitissimo bem, e ouvindo metia-se no matagal, eu só daria conta quando visse gente ao lado a gozar pois claro ahhhhhh belezas de cachoeiras..nem todos teem à mão de semear..mas pa onde é o caminho moça? a gente um dia vai lá, a tua rasteirinha e o meu machão shaka que ainda é virgem tadinho..É que a gente nem pode ver o ão ão com as garinas de rua..Já agora, ele toma banho de champoo de marca friskies, e até a dona... ahhhhhh ia agora deitar-se com uma qualquer..mas na verdade não tem companheira nenhuma, a não ser que nas suas escapadas de noite (raras e por apanhar a porta aberta..)
Pois bom proveito o que tirou de lá daquelas àguas limpidas e convidativas..Pois, quem não arrisca, não petisca..felicidades então..

Laura disse...

Mas..aumentei a foto da cachoeira, e sois vós duas mesmo?? tem que ser, tem que ser, ai as marotas todas delambidas lá na àgua linda..Parabéns pelo arriscanço.....

Pascoalita disse...

Hummm que banhoca gostosa deve ter sido essa.
Quem me dera uma cachoeira assim aqui perto. Acho k iria até lá todos os dias no verão e até tenho uma nikita k me faria companhia, mas banho é k não é mto com ela, só se atiraria à água se visse algum intruso a importunar a dona eheheh

Naeno disse...

A alma tem dois estados, ou dois estágios, um 'latente', quando ela nos impulsiona, dói, transpira, respira, pulsa, e outro 'batente', quando ela entra ou sai, em nós.

Um beijo
Naeno

Adrianna disse...

Olá, laura :-]
A nossa beleza está dentro de nós e não se ofusca com papos ou rugas

Ocorreu-me, sim, que pudesse estar a ser observada, mas isso contribuiu para aumentar o prazer daquele banho de sabor indiscritível.

Depois, a minha rasteirinha transmite-me muita confiança e serenidade :-)
O caminho para tão aprazível local? segue o teu instinto! parte à descoberta ...
1 beijinho

Adrianna disse...

Concordo, Naeno.
Mas diria que existe um 3º estado de alma ... qdo ela entra em ebulição ou descontrolo e nos escapa, ganhando vida, corpo e até asas próprios.
Apreciei muito esta visita
1 beijo

Laura disse...

Olá..Ninha convidar-te para irmos dar a tal banhoca, claro que num lugar bem escondidinho para não me verem em trajes menores ahhh já disse sinto sempre que sou cheiinha demais..e...sou pois, até sou. Mas até está frio hoje, e não sou de àguas frias e sim das quentes... Conheces África ? Assim sabes do que falo eheheheheh. Beijinho para ti, e graças a Deus, não veio ninguém berrar pó monte, choveu bastante aqui e as ninas optara, por ficar em casa a preferiram aturar os caras metades, a irem-se embrenhar no monte e subir penhascos.... Bom restinho de Domingo..

africana disse...

Que delícia!Quem me dera ter uma só pra mim!Que sensção de liberdade..
de tal forma que..segundo diz a Adrianna," me proporcionava uma sensação deliciosa ora, deixando escapar alguns gemidos de prazer, quase orgástico, o que acabaria por despertar na minha companheira de aventura, uma irresistível vontade de me imitar."
Nem duvido!Só de olhar..que inveja!!
Ó Adrianna, tira-me uma pequena dúvida..é orgastica ou orgásmica?
Seja ló o que for..acredito que a sensação deve ter sido estupenda!

africana disse...

A dúvida subsiste..a Adrianna ainda deve andar no meio de qualquer outro sonho idílico de certeza, que nem tempo tem para me elucidar..é que é grave!Imaginem que preciso de usar a dita palavra e..ainda meto água?!

Anónimo disse...

Tive a ler o teu post... e gostei bastante... n me conxegue dizer onde fika exa cachoeira????ando a anos a procurar tal coisa...please...