sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Velas ao mar


Viver não será mais preciso,
Quando o navegar me jogar no porto.
De que me adianta essas caravelas,
Se não sei pra onde vou!

Nenhum vento me ajudará...
Se não sei aonde ir...
Tanto faz...
Tanto fez...

Guardarei minhas velas...
Baixarei meus mastros.
Minhas galeras enfurnarão
Na anseada do meu desejo.

Mas por que não lutar?
Revoltar-me contra
O destino?

Desembainhar a espada,
Soltar a voz.
Içar a bandeira,
Atacar o teu porto.

Matar-te as saudades,
Afogar seus desejos.
Cobrar em dobro os beijos,
Escravizar-te de tesão.

Tornar-me senhor
Dos seus setes mares.
E reescrever o destino.
Transformar tudo em
Meu domínio.
Estabelecer a nossa paz.

E navegar será preciso.
Viver nem preciso seja.
Mas que seja mesmo assim.

(Ivaldo Gomes)


3 comentários:

António Miguel Miranda disse...

Divulgação

Mais um Blog que se tornou um Livro!

www.camaradachoco.blogspot.com

Laura disse...

Então menina, bamo navegá pós mares fóra?
E se acontece pá gente cumo daquela veiz que u barco encalhoue' e ficamos todos em terra.xiça penico nunca mais nunca mais...
bamo lá descobrir uma maneira de evr a ti mais airosa...e agora com o camarada choco e eu ia dizer que tás choca...ehhh parece que quase rimamos...

Pascoalita disse...

Então ... naveguemos :)